O presente projeto pretende dar continuidade as oficinas iniciadas sem recurso do fundo Municipal de Cultura realizada desde semestre de 2011. Cabe ressaltar que a experiência teve total Êxito e contou com uma avaliação extremamente positiva, considerando a participação por parte dos alunos. Este fato nos move a buscar recursos para dar continuidade ao projeto, promovendo mais uma etapa de oficinas e ampliando a oferta de vagas para outros segmentos sociais como os de: educadores, universitários, artistas, produtores culturais, gourmets, artesãs, dentre outros. Toda a riqueza das práticas culturais de matriz afro-religiosas sobreviveu ao longo de nossa história, graças ao forte pilar de sustentação da tradição e da  ancestralidade, e sua prática de difusão e aprendizado baseada na oralidade. Reconhecer a força da cultura afro-brasileira que manteve vivas tradições tão antigas, majoritariamente por  relatos orais é ter a dimensão de parte da força da matriz africana para a cultura brasileira, em especial quando tomamos a questão linguística, já que as línguas vindas com os povos da diáspora sobrevivem principalmente pela força dos rituais religiosos. Porém, consideramos importante a apreensão de conhecimentos utilizando recursos de aprendizados que não sejam apenas pela vertente religiosa e ritual, desta forma acreditamos que estamos reforçando nossos laços com a História da Mãe África, de maneira que não a relegue ao exotismo, e a compreenda como um dos pilares fundamentais da construção de nossa identidade cultural brasileira. Além disso, estamos imbuídos do mesmo espírito de educadores e militantes dos mais diversos movimentos negros do país e do Governo Federal, que afirmam a importância de programas voltados para a inserção do Ensino da África, e seus saberes correlatos em nosso campo educacional formal, até a pouco ignorados, vistos de maneira exótica, ou mesmo depreciativa pela maioria dos programas educativos e livros didáticos.  A inclusão do ensino de História da África nos currículos escolares e fundamental, pois proporciona aos estudantes o contato com uma das matrizes da formação da identidade nacional, porém não basta por isso a importância de promover oficinas livres direcionadas a educadores, artistas, universitários, produtores culturais, entre outros. Nossa proposta é apresentar uma segunda etapa do Curso de Introdução ao Estudo da História da África e da língua Yorubá, que será oferecido gratuitamente a participantes, oriundos dos grupos sociais já citados, da Baixada Fluminense, em especial da cidade do Rio de Janeiro. Desta forma, pretendemos contribuir para a valorização cultural afrodescendente, ajudando na ampliação do nível de conhecimento dos participantes e consequentemente dando nossa modesta contribuição ao fortalecimento da atuação dos mesmos nos grupos em que atuam. Para tal, esta instituição propõe utilizar-se de tal especialidade.